As Professoras Luísa Grácio, Maria João Carapeto e Heldemerina Pires, do Departamento de Psicologia da Universidade de Évora, integram o Projeto Europeu “Stronger Youth – Empowering young people social competences and soft skills through peer mentoring” (https://strongeryouth.eu/), que envolve seis países europeus (Chéquia, Itália, Polónia, Portugal, Roménia e Espanha).
Uma das primeiras tarefas do projeto, liderada pela equipa da Universidade de Évora, ajuda a conhecer as dificuldades psicológicas e necessidades de apoio dos adolescentes, tal como percebidas pelos adolescentes de cada país. O relatório sobre os adolescentes portugueses indica que a sua satisfação com a vida é semelhante à indicada noutros estudos internacionais. Os alunos percecionaram mais desafios emocionais do que comportamentais, especialmente ansiedade, depressão e stress, devido a pressões escolares e familiares. Entre os problemas comportamentais, foram mencionados o comportamento agressivo e a violência, o isolamento social e a automutilação. Foram também indicados problemas relacionais.
Os adolescentes portugueses valorizaram as relações interpessoais como forma de lidar com as dificuldades psicológicas; a mãe é a pessoa a quem mais provavelmente recorreriam para obter ajuda, seguida do namorado/namorada ou melhor amigo, outro amigo e o pai. Além disso, os adolescentes portugueses preferem os encontros presenciais (76,5%) para falar dos seus problemas pessoais, seguidos do telefone (47,1%), das mensagens de texto (33,3%) e das redes sociais (17,6%).